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História da Cidade do Rio de Janeiro

  • Foto do escritor: Guilherme Brescovit Bandeira
    Guilherme Brescovit Bandeira
  • 18 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Colonização portuguesa e invasões estrangeiras


Muito tempo atrás, antes de os portugueses chegarem, o litoral do que hoje é o Rio de Janeiro era habitado por índios chamados tamoios, que faziam parte de um grupo maior chamado tupinambás. Esses índios viviam ali há muitos anos, mas tudo mudou em 1502, quando os portugueses, liderados por Gaspar de Lemos, descobriram a Baía de Guanabara.


Em 1555, os franceses tentaram tomar conta da Baía de Guanabara e fundaram uma colônia na ilha de Villegagnon. Eles se uniram aos índios tupinambás para se proteger. Mas os portugueses não gostaram nada disso e, em 1560, conseguiram expulsar os franceses com a ajuda de outro grupo indígena, os temiminós. Depois de várias lutas, os franceses foram finalmente expulsos em 1567.


No dia 1º de março de 1565, os portugueses fundaram a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Estácio de Sá, o líder, ajudou a construir uma fortificação para proteger a nova cidade. Isso foi muito importante, pois depois de vencer os franceses, os portugueses puderam expandir seu domínio pela região.


Com o tempo, a cidade cresceu lentamente, mas se tornou a mais populosa do Brasil no século XVII. O Rio de Janeiro ganhou ainda mais importância quando descobriram ouro em Minas Gerais, no século XVIII, e se tornou um grande centro econômico e portuário, mudando a sede da colônia de Salvador para o Rio em 1763.


A Vinda da Corte Portuguesa e a História do Rio de Janeiro


Em 1808, a chegada da corte portuguesa mudou muito o Rio de Janeiro, que se tornou o centro do Império Português por causa das guerras na Europa. Com a Abertura dos Portos, a cidade se transformou em um importante centro comercial. Nesse período, foram criadas várias escolas, como a Academia Militar e a Escola Real de Ciências, além da Biblioteca Nacional e do Jardim Botânico. O primeiro jornal do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, também começou a ser publicado.


O Rio de Janeiro foi a capital do Brasil de 1763 até 1960, quando Brasília se tornou a nova capital. Entre 1808 e 1815, a cidade foi a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1822, após a Independência do Brasil, o Rio se tornou a capital do Império e recebeu o título de "Muito Leal e Heroica" por seu apoio a D. Pedro I em sua decisão de permanecer no país.


Como o centro político do Brasil, o Rio foi palco de importantes movimentos, como o abolicionista e o republicano, no final do século XIX. No entanto, com a diminuição da produção de café, a cidade perdeu força política para São Paulo e Minas Gerais durante a República Velha, que durou de 1889 a 1930.


A Proclamação da República e os Desafios do Rio de Janeiro


Com a Proclamação da República, no final do século XIX e início do XX, o Rio de Janeiro passou por grandes mudanças. A cidade enfrentou sérios problemas sociais devido ao crescimento rápido e desordenado da população. Com o fim do trabalho escravo, muitos imigrantes europeus e ex-escravos chegaram em busca de trabalho. Entre 1872 e 1890, a população dobrou, passando de 274 mil para 522 mil habitantes.


Esse aumento populacional trouxe uma crise habitacional e de pobreza. O centro da cidade, conhecido como Cidade Velha, era o mais afetado. Nessa área, surgiram muitos cortiços, e doenças como febre amarela e cólera se espalharam, fazendo com que o Rio fosse visto como um "porto sujo". As condições de vida eram difíceis, e o governo tentou implementar campanhas de erradicação, mas isso gerou revoltas, como a Revolta da Vacina em 1904.

As reformas urbanas do engenheiro Pereira Passos resultaram na demolição de muitos cortiços, forçando a população pobre a se mudar para as encostas dos morros. Essa migração começou o processo de favelização. Apesar disso, o Rio ainda passava por transformações positivas, como a abertura do Theatro Municipal e a construção da Avenida Rio Branco, além do famoso Bondinho do Pão de Açúcar.


Na década de 1920, a ocupação da zona sul do Rio avançou com a construção do Túnel Velho, que ligava Botafogo a Copacabana. O Copacabana Palace, inaugurado em 1923, marcou a ascensão do turismo na região, que cresceu rapidamente. Em 1931, o Cristo Redentor foi inaugurado e se tornou um dos símbolos mais conhecidos do Brasil. Em 1960, com a mudança da capital para Brasília, o Rio se tornou uma cidade-estado chamada Guanabara.


O Rio de Janeiro também foi sede de eventos importantes ao longo dos anos, como a Conferência Rio-92, os Jogos Pan-Americanos de 2007, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Contudo, a cidade também enfrentou períodos de violência, como os ataques de 2010, que exigiram uma resposta forte das forças de segurança. Em 2012, parte da cidade foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e em 2019, foi eleita a primeira Capital Mundial da Arquitetura.

 
 
 

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